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Na sala de aula, os alunos aprendem a calcular o alcance de um esguicho de sangue após um tiro, a trajetória de uma bala e quanto tempo uma droga pode deixar vestígios no organismo.
Colégios paulistas têm se inspirado em séries de TV de investigação criminal para criar cursos em que ensinam Química, Física, Matemática e Biologia.
No Colégio Bandeirantes, na zona sul da capital, os alunos do 9º ano foram levados na primeira aula para uma sala escura com um "corpo" estirado no chão — um dos professores encenando um crime.
Os estudantes aprenderam a isolar a área, fazer registros fotográficos da vítima e das evidências e contornar o corpo com fita crepe.
Apesar de o "primeiro caso" ter sido fictício, os alunos também aprendem com crimes reais. A escola já usou, por exemplo, o homicídio da advogada Mércia Nakashima, morta pelo namorado em 2010. O professor de Biologia Tiago José Benedito Eugênio falou sobre o método.
— Os casos reais intrigam ainda mais os alunos. Decidimos usar esse caso porque uma das principais provas contra o namorado foi uma alga achada pelos peritos em seu sapato, compatível com a espécie encontrada na lagoa em que o corpo da vítima foi achado.